domingo, 17 de agosto de 2008

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Conheça o CD Mandala SouL
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Alan Galhardo


Talvez você já tenha os visto em palco. Isso é relativamente bom para você...

Porque ao certo, foi tomado por um estado de ânimo que podia ser bem exemplificado como uma simples troca de pilha. Sim, sua energia fica instantaneamente renovada quando se vê de frente à Mandala Soul. Você permanece como se fosse um plug na tomada. Mas não é nada frenético, é calmo como o flutuar de almas. Almas que dançam, claro.

Mas se um show do Mandala dá vazão a toda essa vibração, imagine o que é carregar para cá e acolá todo esse som afirmação?

Pois bem, parafraseando as Organizações Tabajara, seus problemas acabaram! Toda a criação artística de mais de dois anos já está reunida num CD, o primeiro da banda, formada por Anselmo Parabá (vocal), Danilo Bareiro (guitarra), Wellington Andrade (baixo), Éder Uchôa (bateria), Paulo Martins (percussão), Toni Maia (trompete) e Fagner (sax).

As composições, carregadas de intenções positivas, de auto-estima do bem e de referências à Cuiabá – de que vivencia sua história e é personagem dela – estão ávidas por grudar na sua mente. Como uma lição de regionalidade, no entanto, com certificado universal. Quando não recriam a ficção do dia-a-dia no coração da América Latina, registram as experiências de um cuiabano na cidade maravilhosa. A Mandala Soul, em Cuiabá ou no mundo, te chama para a pista, testemunha a ânsia pelo fim de semana, se orgulha da negritude no planeta azul, faz a gente transparecer a alma, contornada pelo globo, por luzes e lasers, se assim for.

A ‘abre-alas’ do primeiro disco, “Vibração”, fala que vai mexer com a gente e mexe mesmo. Melhor, a gente aprende a letra na hora... Vá se preparando... “Chega mais, rola um som, vem se divertir / Chega pra cá, sem pensar, deixa o som fluir/ Nesse momento todo mundo vai aqui dançar, porque Mandala souL”.

A segunda, “Som de Black”, mantém a característica multifacetada comum à black music: soa com um dance bom para balançar. Seguindo na ordem, “Pergaminho” faz vezes de um cântico-proteção. “A força da sua inveja, velocidade do meu sucesso...”. Sai pra lá urucubaca!

Mantendo o clima boa fé, o fusion “Passos firmes”, se configura como uma experiência de Maturidade – com teor auto-biográfico – que se reflete também no instrumental. Testemunham os músicos, ela marca uma verdadeira evolução artístico-musical de todo o conjunto.

A seguinte, “Ouro de Tolo”, destoa de uma temática mais espiritualizada e traduz-se numa letra ácida, que crítica a política que acentua as desigualdades. É uma queixa samba-funk: “tem que ter pra sobrar, sobrar...”

E claro, sobra mais!

A sexta faixa, “Já foi”, é uma inusitada mistura de samba rock e jazz que denuncia que a frustração com felicidades artificiais pode soar tal qual uma desilusão amorosa... E assim, para manter a atmosfera de um ser mais confiante do seu poder contra todo e qualquer mal, na onda da black musica a banda fez arranjos singulares para a oração Jorge da Capadócia, ao santo guerreiro.

Para narrar as peripécias de um cuiabano na cidade maravilhosa e suas impressões mais pessoais, “Alma de Nego” dita um dance moderadamente ritmado. A próxima música é um presente primorosamente trabalhado para os ouvidos mais atentos. Estes, por certo, vão notar que todo o instrumental – no pacote, groove, ritmo e harmonia – são resultado da sincronia de vozes dos integrantes da Mandala. A representação dos instrumentos é feita pelo esforço vocal.

Viu só como é fácil andar no caminho do bem... Recarregar as boas energias e sentir os bons fluídos. A dica está dada, “porque Mandala Soul”. Rola o som, vem se divertir!


por: Lidiane Barros

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